30/09/2008

Diários de uma demência aplicada

Eu mato este cabrão! Eu mato este cabrão!
Larguem-me! Vou continuar a dar-lhe com o taco de madeira até lhe ver a massa cinzenta feita em sangue. Larguem-me.
Porquê? Porque é que não posso matá-lo? Vocês nunca me fizeram isto. São irmãos ou traidores, seus filhos da puta?
Ok eu acalmo-me mas NÃO ME TOQUEM!
Isso.
Afastem-se.
Mato-vos também. E vocês sabem que matar família, para mim, é muito fácil.
Merda. Acho que fiz uma entorse no pé quando dei o segundo pontapé nos tomates deste porco.
Ai. Ai. Ai.
É agora. Vou-lhe dar a ultima tacada!
Ok. Pronto.
Não volto a tentar.
Fiquem lá com a merda do taco.
Não, não me dói o pé. Anormais.
Mas porque não matá-lo?
Blá blá blá! Bardamerda para vocês!
Não, não percebo.
Nunca precisei de aprovação vossa para matar. Sou eu sempre quem escolhe quem quero matar. O vosso único trabalho…eu estou a falar. EU ESTOU A FALAR!! O vosso único trabalho é desaparecerem com o corpo. Mais nada.
Foda-se!
Maninho querido.. se me voltas a dizer para me acalmar..
Ainda por cima o cabrão foi original. Foi ele quem me perseguiu. Era ele quem vinha com uma puta de uma faca de sobremesa, UMA FACA DE SOBREMESA, para me matar. Para ME matar!
Não o mato agora mas vou procurá-lo. E hei-de o encontrar. Não o vou esquecer.
E com vocês falo depois. Até vos cuspo no chão. Anormais de merda.
Passa as mãos na cara. Limpa o suor. Acalma-te mas porque queres e não porque te dizem.
Pensa.
Pensa.
Ok.
Pensando bem..
Levem-no. Levem-no para bem longe.
Deixem-me procura-lo. Vai-me dar mais prazer assim.
Vou faze-lo engolir a puta da faca de sobremesa que esse inútil quis usar contra mim.
Vou-me embora. Desapareçam com esse desgraçado.
Falamos amanhã.
Inúteis de merda!

O MEU BENFICA!!!!!



É sempre lindo ver o meu lindo e amado clube ganhar... mas ganhar aos lagartos tem "aquele" sabor!
27/09/2008 dia de Reyes em Sidnei!! :D

Vale sempre a pena viver o amanhã



Não sei como começar isto..
Vou- me deixar ir.
Adoro este video! Epá e gosto da musica também. Tem em mim o efeito "Jack Johnson". Quem me conhece sabe do que falo :D
Confesso que me enterneço mais do que devia com historias de amor. E o pior de tudo é quando me identifico com elas. Acho que, sinceramente, a parte em que, quer ele quer ela estão chateados por verem casalinhos todos fofos e apaixonados no metro diz muito do que tenho sentido ultimamente. Mas o vídeo tem uma mensagem estupida e surpreendentemente positiva. Hoje estou sozinho mas nunca vou saber o amanhã e o que ele me vai reservar.
Eu cá vou estar até ter o meu graffiti numa parede qualquer.
Porque até lá o amanhã vai andar todos os dias a surpreender-me.
E eu vou continuar a ser o mesmo Virgem de sempre..até que alguém se apaixone por isso!

"Cause u had a bad day" :)))))
Daniel Powter

11/09/2008

Diários de um sintoma inadaptado: Hiato

Tenho..
Cara..
Dorida..
A pressão é muita. A pressão? Mas o que é isto?
O meu nariz?
Já não sinto nariz.
Abre os olhos.
Abre os olhos.
Merda! Tenta abrir os olhos! Os olhos estão inchados e a pouca luz que vêem parece vermelha. È vermelha. Ou parece. Ou não!
Estou em pânico! O que é que se passa? Porque não consigo abrir os olhos?
E que sabor é este na boca que, também já não sinto?
Tenho a língua confusa.
Tenho a mente confusa.
Estou confuso!
Este sabor que agora quase me engasga.. Eu conheço..
Mas agora não me agrada.
Isto é sangue!
Isto é o meu sangue!
Porra!! Esta merda é o meu sangue!
Tenho a cara feita em iscas..
A visão está turva. Audição acompanha. Não percas os sentidos sem perceberes antes quem te está a dar a sova da tua vida.
Ok parou. Tosse sangue. Respira fundo. Tenta olhar para cima. Não vale a pena. Alguém já te levantou a cabeça pelos cabelos.
Tenta agora abrir os olhos. Já está um pouco mais fácil agora que não chovem murros.
É homem.
Foda-se que é grande! E os punhos dele, confirma, são bem mais duros que a minha cara!
E há mais dois bocados de carne atrás dele.
Respira fundo.
Respira fundo. Cospe sangue.
Isto não está bom. Nada bom.
Como é que passei de caçador a presa?
Filhos da puta!
Tenta abrir os olhos para te lembrares deles. Força.
O grandalhão vou-me lembrar dele, nem que o paneleiro esteja vestido de Sapo num festival de musica. Tem cara de segurança de discoteca mas com óculos. De resto é careca, olhos grandes e uma cabeça enorme. Vou-me lembrar de ti cabrão!
E tu? Chegaste á frente para berrar o quê? Não olho mais para ti sequer?
Não me continues a perguntar se estou a olhar, otário! Pensa!
Tenho memória fotográfica o suficiente para guardar a tua cara também.
És magro e alto. Ainda por cima também usas óculos. Vou-te encontrar também. E vais ter o privilégio de me explicar, in loco, a sensação de ter um ferro de engomar a aquecer nessa barriga de pele e osso. Desde o principio. Frio e a aquecer.
É deixá-lo ir. Intestinos abaixo! Pensar nisto acalma-me as zonas doridas do corpo. Pensa nisso também enquanto gozas esta superioridade momêntania.
Acalma-te.
Tenta respirar fundo outra vez. Acalma-te.
Cospe sangue.
Merda. Não sinto o corpo. Estou farto de levar porrada.
Já devo estar aqui há meia hora a encher a marmita.
Mas não me lembro como cheguei a isto porquê?
E não consigo ver o terceiro! Nada. Um vulto. Está muito escuro para perceber. Mas pelos vistos não está muito escuro para sentir. Este pontapé que levei nos tomates senti! E foi do terceiro elemento. Ou terceira elementa. Parece. Pois.
Cospe sangue mais uma vez.
É uma gaja! Vou tentar olhar para ela se a dor nos tomates me deixar abrir os olhos.
Não. Outro pontapé não. A dor nos tomates passou dos olhos para os ouvidos também.
Como? Não volto a quê?
Os teus irmãos o quê?
Ui.
Taco de madeira, porque…?

10/09/2008

Não sou...mas até que podia ser



















E aqui fica neste blog, registado para a posterioridade, uma pequena colecção das minhas fotos preferidas deste último mês. Mês recheado de emoções, revelações e muito, mas mesmo muito alimento para a vista. Passei por sítios lindissimos que quero aqui partilhar com quem teve a infelicidade de perder tempo neste blog.

16/08/2008

Os Vinte Poemas por Pablo Neruda

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.

Escrever, por exemplo: "A noite está estrelada,
e tiritam, azuis, os astros, ao longe".

O vento da noite gira no céu e canta.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Eu a amei, e às vezes ela também me amou.

Em noites como esta eu a tive entre os meus braços.
Beijei-a tantas vezes sob o céu infinito.

Ela me amou, às vezes eu também a amava.
Como não ter amado os seus grandes olhos fixos.

Posso escrever os versos mais tristes esta noite.
Pensar que não a tenho. Sentir que a perdi.

Ouvir a noite imensa, mais imensa sem ela.
E o verso cai na alma como no pasto o orvalho.

Que importa que o meu amor não pudesse guardá-la.
A noite está estrelada e ela não está comigo.

Isso é tudo. Ao longe alguém canta. Ao longe.
Minha alma não se contenta com tê-la perdido.

Como para aproximá-la o meu olhar a procura.
Meu coração a procura, e ela não está comigo.

A mesma noite que fez branquear as mesmas árvores.
Nós, os de então, já não somos os mesmos.

Já não a amo, é verdade, mas quanto a amei.
Minha voz procurava o vento para tocar o seu ouvido.

De outro. Será de outro. Como antes dos meus beijos.
Sua voz, seu corpo claro. Seus olhos infinitos.

Já não a amo, é verdade, mas talvez a ame.
É tão curto o amor, e é tão longe o esquecimento.

Porque em noites como esta eu a tive entre os meus braços,
a minha alma não se contenta com tê-la perdido.

Ainda que esta seja a última dor que ela me causa,
e estes sejam os últimos versos que lhe escrevo.

22/07/2008

Diarios de um sintoma inadaptado. O dia seguinte

O último prato aconchega-se á rack junto dos outros pratos todos.
Aqueles que não pararam de olhar para mim enquanto os lavei. A falarem. A julgarem-me.
E os copos, com os logotipos do hotel..todos me gozam. Todos me olham. Todos me julgam.
Mas.. acorda pá!!
São só copos e pratos meu! Copos e pratos.
Não tem piada enfiar a faca num copo.
Não atravessa. Não passa. Muito menos num prato. Num prato!?
Pensamentos ridiculamente divertidos te passam na cabeça agora.
Agora está bem.
Agora até me divirto com o bocado seco de fiambre de um prato que veio do "room service", e que já cá devia ter aparecido ainda antes de eu ter ido de férias, o ano passado.
Agora está bem. Agora até nem me importo com a gorda da minha chefe. Ou se calhar..
Gorda nojenta.
Não consegues perguntar se posso ir jantar mais cedo que o costume sem elevares os decibeis ao nivel de um aeroporto, inutil forma de vida?
Espera.
Isto sim. É o verdadeiro pedaço de carne. Aquele mesmo. O que preciso agora!
Como seria atravessar-lhe a lâmina pelos 92 quilos de gordura vomitante dentro?
Diz-me lá gordura vomitante..
Será que as tuas cordas vocais iam ter força suficiente para se expelirem em rasgos de sobrevivência, ou simplesmente ias desfalecer como o nobre nojento do brazuca?
Grita comigo. Vá lá!
Quanto mais fazes valer a tua insípida chefia, mais eu quero que me mandes lavar os talheres. Por favor? Deixas?
Manda-me lavar os talheres. Vá lá..pica-me!
Já não tenho faca. E preciso de uma.
Que loucura! Loucura!
Gorda nojenta.. Até perdi a fome. Acho que nem vou comer.
Não concordas? O quê? Queres que vá lá para baixo á mesma para não te acusarem de nada?
Típico.
Ok.
Vou lá para baixo.
Mais baixo também não posso descer. Mas subo na ansiedade de ver como vais reagir quando te faltarem dois centimetros para morrer.
Levo a faca que tanto anseio enterrar...enterrar não! Penetrar?
Merda..penetrar também não. Faz-me lembrar nojentos fornicadores. Almas perversas e palermas que organizam a vida em prol da cona ou do caralho alheio.
Como explicar então, á lei da justa laminada ao, se é que lhe posso chamar assim, corpo da minha chefe?
O cigarro que fumo á porta dos balnearios não me sabe responder.
O colega que se aproxima de mim tambem não o vai fazer.
Nem quero.
Nem boa noite me diz.
Pena que me sejas tão indiferente, mas tão indiferente caro colega, que a essa tua exagerada indiferença tornou-se na tua principal diferença. Nunca te irei tocar.
Passou a meia hora de jantar. Fumei que nem uma besta.
Não comi. Não consigo.
Nunca quis tanto ver 92 quilos de gordura vomitante como agora.
Extâse. Total!
Ò perfeitamente agoniante visão! Ainda agora chegaste e já me estás a dar ordens? Ainda agora entrei.
Que bom!
Cada ordem dela, um grito.
Cada grito dela, um sorriso meu.
Cada sorriso meu..outra ameaça dela.
E que bonitos me parecem os talheres.
Alheio-me do mundo, como tão bem quero fazer. Concentro-me na beleza de uma faca de sobremesa. Esta merda não corta!!
Dificil furar alguem com isto. Lindo!
Meia duzia de nódoas negras até a pele dar de si.
Aquela pele grossa e esticada.
Isso ia dar espaço para as cordas vocais dela se apresentarem ao mundo.
Ai. Não posso.
Olá faca de carne. Foi uma irmã tua que deitei ontem ao rio. Como te chamas? Não respondes? És como a merda de mulheres todas que conheci na vida. Estou a ser simpatico contigo, lavo-te, seco-te e levo-te a passear á noite. Uso-te, ainda te faço a maquilhagem, um vermelho vivo, e tu não me ligas nenhuma á mesma.
Caguei.
Levo-te.
Levo-te á mesma!
Vamos fazer amor os 3 hoje á noite.. eu, tu e a gordura vomitante!
Por falar nela..
Como?
Porque raio estou parado á mais de cinco minutos a lavar a mesma faca?
PORQUE TALVEZ JÁ ESTEJA HÁ CINCO MINUTOS Á ESPERA QUE CHEGUES AO PÉ DE MIM PARA TE ESPETAR ESTA MERDA, GORDA NOJENTA!!!
Como?
Como? Sonho acordado! 92 quilos a gritar comigo enquanto pisco os olhos.
Sorriso amarelo..amarelo..
Já não dá para ter sorriso sequer.
Não consigo libertar argumentos com esta senhora! Fico-me por aqui agora.
Vou aliviar a ansiedade com o stress de uma fuga furtiva ao balneario para repôr os níveis de nicotina.
Primeiro bafo: Não posso matá-la aqui no hotel.
Vou acabar com o meu prazer ainda antes de ele ser prematuro.
Segundo bafo: Já tens a faca, falta pouco para a usares. Calma e paciência.
Terceiro bafo: se ela não me tivesse descoberto e não me estivesse a berrar aos ouvidos talvez tivesse dado o terceiro bafo.
Não é preciso falar assim. Ok. Ok.
E não pára de gritar!!!
Deixa-me, gorda de merda! Não vês que te estou a ignorar? Não vês que te viro as costas?
VOU GOSTAR TANTO, esbracejei enquanto aproximei os meus decibeis dos dela!
Silêncio.
Bolas! Calou-se.
Gorda nojenta.
A chama do isqueiro acende outro Ventil.
Olho para as horas. Vinte minutos para sair.
Vinte minutos para me libertar. A mim, a ela e á faca que já só se deixa tremer nas minhas ansiosas mãos.
Cada bafo no cigarro me lembra os gemidos do pedaço de carne da noite passada.
Mais um bafo. Mais um gemido. Mais um sorriso.
Ao longe a voz da gordura vomitante.
Atiro o meio cigarro para o chão e faço-me ao caminho da copa. Cruzo-me com ela.
Sim. Eu sei que tenho duas racks de pratos ainda para lavar mas...já se vai embora?
Vai?
Foda-se!!
Não gosto. Não quero. Não gosto!
Vai-se embora mais cedo do que a lâmina da faca na minha mão queria!
Não pode! Tens de esperar que eu saia também! Não vás minha gorduchinha vomitante linda!
Controla-te! Não transpareças na cara desilusão!
Volto ao balneario. A respiração não me perdoa e o coração a mil! Mas agora não é bom.
Panico! Panico puro! Tento aguentar a puta da lágrima. Lágrima?
O quê?
Pára de cair caralho!
Ès mais forte que isto!
Passos. Vem aí gente.
Não consigo disfarçar a raiva, tristeza, angústia, revolta e outros fodasses por não poder furar aquela merdosa nojenta hoje!
Mordo o lábio inferior.
Não chega.
Ouço a gordura vomitante passar á porta do balneario, pronta a viver um dia mais. Vai acompanhada.
Tiro a faca que, com tanto amor roubei das racks de talheres.
As lágrimas não páram de cair.
Merda. Merda. Merda!!!
Tenta arranjar solução em vez de estares aqui encostado ao tampo da sanita.
È isso.
Porra. È mesmo isso!
A lâmina no teu braço. Doce..liquido..sair...alivia.
Alivia tanto.
Foi pouco. Mas soube tão bem. Libertou- me da frustração de não furar a nojenta. Que bom. Antes dôr física que frustração mental.
E pinga no chão a razão.
E pinga no chão a razão.
E pinga..
Já vou caralho!! Já saio daqui! Merda para isto. Balneario tão grande e uma só sanita. Saio assim que limpar do chão aquilo que me pinta por dentro.
Não acredito. Mais um dia fútil. Mais um dia inútil.
Merda!
Saber que se afasta a fonte do meu prazer deixa-me revoltado.
À gorda do caralho!
Ainda por cima amanhã estamos os dois de folga.
Ao menos soubesse onde tu vives. Dançavamos os dois num total universo de sangue e prazer.
Mas espera. Não perdes pela demora.
Hei-de estar a rir-me qundo morreres ás mãos da minha faca com lamina cega. Sim. Hás-de levar com a faca de sobremesa.
Até já fiz a troca e tudo!
Lâminas afiadas? Agora não.
Não mereces.
Porque até eu vou estar cego quando te matar!

Explicações

Não quero criar, nem pouco mais ou menos, uma certa rivalidade com o brilhante conspiracaocominspiracao.blogspot, apenas fazer uma continuação dos diarios doentios de um psicopata e do policia que o persegue. Para isso, tive de transcrever os ditos textos originais para este mesmo blog, caso alguem, sem melhor que fazer com a vida, desse atenção a este espaço!
Já disse e volto a reiterar.. não vou deixar o "conspiraçao"! Mas preciso de explanar doenças perdidas e desejos que só me podem transparecer pela ponta dos dedos. Certamente nunca irei pegar numa faca e espeta-la em alguem. Mas espero faze-lo muitas vezes neste meu pequeno pão com manteiga! Ilustre Tweezers e não menos distinto 13.. esta 2º dia de matança é para vós! :D
Conspirai um pão porque a manteiga já se inspirou...


PS: Estão a ver? é por estas e outras virginisses... por estas e por outras!!

Diários de um sintoma inadaptado

Cheguei a casa. A noite já vai alta.
Encosto-me á porta que fecha atrás de mim. A respiração não me perdoa e o coração corre a mil. Imagens de uma noite perfeita revelam-se na minha mente.
Não param.
Não quero que parem.
Olho para as mãos. Pingam no chão. Sujam-me a entrada. Sujaram as escadas que me trouxeram até aqui. Mas só consigo sentir prazer no liquido que lhes escorre. Gosto da cor, gosto do sabor, gosto de ver as minhas mãos pintadas desta maneira.
A respiração acalma. O coração descansa.
Passo as mãos pela camisa. Fica pintada de vermelho. Vermelho escuro. Vermelho quente. Vermelho sangue! E levo os dedos á boca uma vez mais. Ó doce sabor quente do sangue de alguém. Alguém que já não se pode arrepender por se ter cruzado comigo hoje á noite.
Sim.
Hoje, finalmente estou feliz. Já me consigo rir. E não consigo parar de rir. Gargalhadas soltas enquanto me sento encostado á porta. A mesma porta que não me dava nada senão uma vida de futilidades e incertezas, agora, aponta-me um caminho.
O caminho certo. Aquele que já devia ter tomado á muito. Aquele que ansiava por chegar sem nunca perceber o que era.
Sou apenas um reflexo daquilo que vejo, sinto, cheiro e existo!
Sou um inadaptado e vou continuar a sê-lo!
Vou continuar a matar como matei hoje.
Não vou parar. Não posso. Não quero.
Foi bom demais para desistir á primeira!
Conheci-o á entrada do metro depois de mais um dia inútil na minha vida. Um domingo onde todos se passeiam, pavoneiam ou refletem as suas vidinhas inúteis numa qualquer esplanada ou praia ou puta que os pariu!
Perguntou-me se tinha um cigarro.
Brasileiro.
Fechei os maxilares com força.
Detesto que me cravem tabaco. Ainda por cima com as vogais tão abertas, típicas de um sul- americano qualquer!
Disse-lhe que sim.
Tirei o maço do bolso e elevei um dos cigarros para lhe facilitar a toma.
Ele agradeceu.
Eu, fiz um esforço e amarelei um sorriso.
Mal o dele.
Não percebeu o amarelo do sorriso e voltou á carga. Abriu as vogais por demais e perguntou se por acaso não tinha um euro pa comé quauké cóisá pô?
Guardei o tabaco.
Sorri mas dei-lhe um tom mais colorido desta vez. Agora sorri mesmo!
Não tenho dinheiro comigo, respondi. Mas podemos ir ao multibanco aqui já em baixo se tiveres muito aflito.
Tou pô!
Graças a Deus me respondeu assim!
Vamos ao multibanco então, continuei, andando.
Cê é o maió legau!..... Cada frase dele me pedia cá dentro que continuasse a massajar a faca que tinha no bolso. Não sei porquê mas ando com uma faca no bolso á um mês. Talvez raiva ou pura inadaptação por esta sociedade nojenta e decadente de lapas como este porco que tanto desprezo e tanto vou gostar de ver partir!
Cada olhar de soslaio que lhe mandava só me animava e entusiasmava!
O multibanco aproximava-se e a conversa dele só me enojava mais e mais.
Quando chegamos meto a mão ao bolso e finjo procurar o cartão. O pedaço de carne á minha frente continuava com vogais abertas a saírem-lhe da boca e olhava sem parar para todos os lados enquanto esmifrava a última réstia de filtro que o Ventil lhe proporcionava!
Deixa-o acabar o cigarro.
Assim que os últimos restos de prazer que esta besta teve na vida caírem no chão, vou tirar a mão do bolso e apresentar-me...
Olá meu flho da puta. Sou quem te vai matar!
O olhar que me lançou instantes antes de o primeiro centímetro lhe ser cravado na barriga é como..sei lá.. não consigo descrever! Nem quero. Fica comigo na memória. E passo essa imagem vezes sem conta. E já nem conto as vezes que me rio quando disso me lembro. Que prazer!
A primeira, a segunda, a terceira facada com força. Resistência. Mas que é isso pô?..pergunto eu!? Abre as vogais agora..grita..mas pára de resistir!
Foda-se!!
Quarta, quinta, sexta facada.. desiste! Porra! Até que enfim.
Desfalece para mim. Isso!
Conforma-te
Conforma-te
Não me implores enquanto cospes sangue, caralho!
Ès indiferente demais para mim para me preocupar contigo!
Isso..Vá lá.
Conforma-te porque já nada podes fazer! Não lutes. Isso!
Deixa-te ir. Deixa-te levar. Já não tens força. Nem queres ter força!
Morre. Não lutes. Isso!
Morre. Morre para mim.
Não é nada contra ti. Não é nada contra vocês que falam com vogais mais abertas que a língua portuguesa aceita! Apenas estavas no local errado na altura certa para mim!
Até podias falar suomi que me estava a cagar. Desde que esta faca tivesse onde entrar!
Isso!
Olha para mim enquanto morres! OLHA PARA MIM!
Já não consegue. Admiro-te agora. Agora temos algo em comum, pedaço de carne.
Faço parte da tua vida! E da tua morte. Pesas-me nos braços. Largo-te no chão com respeito. Pinto-te os olhos de vermelho ao fecha-los, de um vermelho que de dentro de ti saíu.
Morreste e contigo levas uma profunda paixão que senti ao matar-te! Apaixonei-me pela forma como morreste. Não te podes queixar. Estive contigo no momento mais importante da tua vida. A tua própria morte.
E vou continuar com um sorriso sincero na boca enquanto adormeço encostado á porta da minha casa.
Levo as mãos á boca uma vez mais. O sangue secou. Já não sabe bem.
Amanhã é um novo dia. Novo sangue virá.
Agora sim...vou viver!!
E já agora vou documentar isto para a posterioridade.
Sou um psicopata? Se calhar sou. Se calhar descobri a minha vocação.
Eu bem me parecia que trabalhar na copa de um hotel não era um designio de vida para ninguem.
Mas tenho de continuar a lavar pratos.
E hei-de trazer uma faca nova todos os dias!!!

21/07/2008

!!!!!!!!!!!!

You can play this game with me but you know you're gonna lose.

Looked me up and down,
I don't make a sound,
There's a lesson that I want you to learn,
If you're gonna play with fire then you're gonna get burned,

Don't try and test me cos you'll get reaction,
Another drink and I'm ready for action,
I don't know who you think you are,
But making people scared wont get you very far.

( lily allen- Friday night)







Há mulheres que me assustam!!! Abençoadas sejam!! :D

Fantástica oportunidade!!

Temos, para o primeiro que fizer um comentário a um post deste blog pateta, um prémio de incalculavel e insustentavel importancia. Uma perola de autentica e sincera parvoíce!
Uma carcaça com manteiga do lidl!
O prémio será entregue por correio normal, fechado em envelope e contra-reembolso. Será entregue na morada indicada no prazo maximo de 5 dias inuteis.
Concurso não autorizado pelo governo civil de lisboa.

Pão com Manteiga


Bem vindos a este espaço de pura loucura e devaneio mental.
Não vos aconselho a passarem por cá muitas vezes porque desta cabeça com umas orelhas descomunais, não sai nada que vos possa modificar as vidinhas vazias.
Criei este blog no simples intuito de estar realmente á vontade para escrever o que na real gana me dá.
Vou continuar viva e avidamente a escrever no fantástico conspiracaocominspiracao.blogspot, mas sentia-me quase obrigado a fazer uma sandes de pao com manteiga.
E o que é então um pão com manteiga?
Não sei.
O que quer dizer então pão com manteiga?
Não faço ideia.
Porquê então pão com manteiga?
Porra. Já disse que não sei. Pára de fazer perguntas estupidas e come o pão!!

Para não tornar o "conspiração" repetitivo estou a pensar continuar aqui os diários doentios do psicopata.
Posso desde já anunciar a dificil contratação do "regubilo" que aqui vai encontrar um espaço só seu, onde não é desprezado e ignorado e, vai ter uma rúbrica só dele.
Espero lançar, também, a raiva e a revolta nos lagartos e tripeiros deste país. Vinde até mim vil lagartagem e tripeiragem porque vou cá estar para vos ofender e deitar abaixo só porque gostam do azul (blagh) e verde (blaghblagh)!
Em suma.. Já tinha esta ideia de criar o meu proprio blog á umas semanas e hoje foi o dia.
Volto a avisar, não visitem muitas vezes este blog e ide mais vezes ao conspiraçaocominspiraçao.blogspot! Lá sempre aprendem qualquer coisa. Aqui só ficam como o autor, estupidos e sem saber o que fazem por cá!
Até porque me vou esforçar em qualidade no "conspiração" e aqui vou-me esforçar em desqualidade!